Pois é... a vontade de andar de mota era tanta, abriu o solinho durante o dia todo, a temperatura subiu a uns estonteantes 8 graus, primavera, e o camelo pensa: " vou entrar ás 16 e vou de mota".
Se o pensou, melhor o fez.
Foram 22 Kms de puro prazer, com a estrada seca, o ventinho de 8 graus a penetrar as luvitas de verão e a enregelar os ossinhos da mão.
Perfeito... viagem calma e sem excessos até so local de trabalho.
Noite tranquila, sem incidentes e chatices, com o friozito a baixar aos 3 graus negativos, mas sempre sem pinga de humidade. Porreiro: não há humidade, não há "black ice".
5 da matina, hora de regressar a casa para descansar umas horitas e voltar a entrar de serviço.
O burro põe a mota a trabalhar para ir aquecendo enquanto se equipa.
O burro sabe perfeitamente que á saída da Esquadra tem uma zona de acumulação de águas.
O burro esqueceu-se que com o friozinho da noite essa zona está gelada.
O burro depois de pronto arranca e ao entrar nessa zona é que se lembra.
ZzzzzT, pimba aí vai ele a deslizar com a mota a aumentar de velocidade apesar de ir travada. Os dois pézinhos no chão para tentar não caír.
Resultado: um porradão com a roda da frente no passeio, que por sinal tem 25 cms de altura.
O burro consegue evitar de ir ao chão com a mota, mas tem de gritar por ajuda, pois os pés não têm aderência para ele poder colocar a mota no descanso e saír dali.
A ajuda chega da parte dos colegas e retira-se a mota com algumas dificuldades daquela zona, pois o piso estava bastante escorregadio, e era impossível alguém manter-se ali de pé a fazer força.
Mota tirada do local, conversa-se um pouco, olha-se de relance e não há estragos visiveis. Fuma-se uma cigarrada para descontraír e esquecer o incidente.
10 minutos mais tarde de volta á estrada.
Conclusão da história:
- Vibração da roda da frente acima dos 160 Km/h (não sei se desaparece mais acima, mas andei só em estradas nacionais);
- Mesa da direcção um pouco inclinada para a direita;
- Orgulho ferido
- Pu#& que pariu o tempo nesta terra.
e finalmente:
- hoje vou novamente de mota para experimentar e testar se há mais danos.
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