Conduzam pelo prazer e não pelos limites é um concelho que vos dou.
Tens razão Penedo, e é o que eu passo a vida a aconselhar ao pessoal.
Quando eu dava instrução de mota, os primeiros tempos eram fáceis, pois o pessoal sentia medo das motas. Quando eles perdiam o medo e começavam a pensar que já a dominavam, começavam as minhas dores de cabeça. Depois o cúmulo era mesmo quando eles se sentiam uns profissionais e começavam a tentar fazer mais do que sabiam ou podiam...
Podemos ter acabado de passar numa estrada e cinco minutos depois ter passado um camião a vazar areia. Se lá voltarmos á confiança, é acidente certo.
Nunca facilitem, principalmente em estradas com pouca visibilidade.
Desconfiem sempre de tudo o que vos rodeia.
Lembrem-se do que vale um carro a fazer uma manobra perigosa e ilegal, se lhe batemos e deixamos lá a vida?
Quando as estradas o permitirem, aí sim podem dar um pouco mais de gasosa, mas atenção, mesmo que vejam ninguém, nunca estão sózinhos na estrada.
Eu já fui esgaseado quando era novo. Depois e com a experiência que a vida me deu, comecei a reduzir o andamento.
Tenho família para sustentar e quero ver os meus filhos crescer.
Ando aquilo que a estrada permite e tento nunca correr riscos. Não me importo se os pneus não estão gastos até ás beirinhas ("chicken band"), não me importo se os limitadores dos poisa-pés estão intactos, importo-me sim que ainda aqui ando e espero andar por mais uns anos valentes.
E lembrem-se sempre: o último a chegar é o que andou mais tempo de mota...
Abração forte e espero que mão vejas coisas tristes por muito tempo...